Chove,
não chove.
Intercalada,
como
a estação.
Chega
a chuva.
Num
estremecimento,
intumescida,
a
terra suga-a
em
emoção.
Aplanada
ou
lavrada.
Início
de fecundação.
Perfumada
do
cheiro exalado,
engalanada
de
cores e sabores
abre
seu ventre
à
semente.
Orgásticos
momentos,
comunhão
de
um sentir enamorado
sémem
em rego depositado.
Seco
meus dedos molhados
na
pele que me reveste.
Fito
o azulado celeste
que
me despiu e lavou…
Vai
chuva, leva a tua música
derramada
em
pauta de murmúrios
e
rejuvenesce
a
face tisnada
dos
leitos já secos de longo estio.
OF
- 02-10-2013
Foto – Autor desconhecido(Ocupada em deveres cívicos, tenho estado ausente dos blogues. Em breve, lá estarei...)
A chuva é uma linda canção que molha as poesias de divina comoção! abraços
ResponderEliminarConcordo, Ives.
EliminarObg pela presença e comentário.
Bjo :)
A chuva tem música que nos envolve em pensamentos,
ResponderEliminartem cheiro que nos leva profundamente
e agora vestida pela tua bela poesia, amiga!
Beijinho.
Sempre uma simpatia, querida Suzete.
EliminarUltimamente tem chovido bastante; na altura ainda vinha tímida.
Bjo, querida :)
As tuas palavras são gotas de chuva poética;
ResponderEliminarpoesia fecunda, diria eu.
Que bem te sabes despir!
Bjuzz :)
Sorri, Teresa. Nunca experimentei a sensação de andar à chuva desnuda. :) :) Vale a poesia :)
EliminarBjuzz, amiga :)