quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

No meu céu


Queria ter o céu
dentro de mim…
As estrelas
incandescendo
meu corpo
brilhante de luz…
As nuvens
como almofadas
de cabelos
cansados.
As cores do arco-íris,
vestuário quotidiano,
em festa transformado.

Uns dias seria sol
em ti projectado.
Outros, lua
em lago prateado.

Verias
no meu céu
um ser imaginário.
Sonharias
romarias
num santuário.
Em seus altares
pousarias
teus olhares.
Com eles desenharias
a alma sonhada
incorporada
em mente perturbada
por visões etéreas.
As estrelas, corações
dourados,
em dia de namorados.

Um dia o eu, meu céu
Desceria…
Tocaria
a tua face febril
empalidecida
de inusitadas visões.
Dedo minguado
acalmaria
teu olhar orbitado…
Da Terra cansada
tua alma
vaguearia
no meu céu…
Até ser dia!

OF  04-02-2011 

(A  Maria Catherine continua a divulgar poemas meus. Agradeço, registando o link...)
http://www.jornaldacidadeonline.com.br/leitura_artigo.aspx?art=2943 

8 comentários:

  1. (estou de fugida que sou tímido e fiquei envergonhado)

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  2. Querida EU, tens que reconhecer que a observação do Blogaparte não só tem piada, como tem o seu quê de razão.
    Respira-se luxúria e paixão, neste poema.
    ADOREI.:)
    bji gde, meu doce!

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  3. Mais uma faceta que descubro em V.. Exª... :)

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  4. Isso é lá com o Sr. Blogaparte!!!

    Obg por teres gostado...Mas exageras, na tua apreciação!
    Está belo, poeticamente falando, apenas...
    Bjuzzz, querida :)

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  5. Como prometi, ando por aqui.
    Resolvi comentar este poema porque, na minha modesta opinião, é o mais conseguido, o mais bonito, aquele com quem mais me identifico.
    Já tive oportunidade de te dizer que dos teus dedos se soltam versos e desses versos jorra poesia.
    Já ouvi chamar Poetisa a muita gente que apenas escreve versos. Tu deixas que os versos se encham da mais pura Poesia.
    Assim, Poetisa, obrigado por te ter conhecido e por "te ter" como amiga.
    Abraços
    Ricardo Reis

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  6. Ricardo, obrigada, pela tua douta e poética opinião. Quando abri o blogue e fui aos comentários , fiquei a ler e reler o que escreveste(estava um familiar comigo, conversando, e eu nem o ouvia!!!). Há algo que ficou a pairar, por largos momentos: estupefacção, contentamento, incredulidade...
    Sei que ninguém é obrigado a escrever nada...Se escreve, é porque entende que deve dizer o que pensa. Então, só me resta começar a acreditar na poesia que existe em mim e que sou capaz de a exprimir... :)

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  7. ines f. ou pimenta(alborada)01 março, 2011

    y no solo eso .."calas el alma de quien te lé..de las entrelineas ,los subterraneos que dejan se ser oscuros y pasan al rojizo de lava ardiente,maravillados por el arte que desprendes,no quemam, solo te lamen...como beso expresivo de gratitud..."
    Sinto ter escrito em espanhol..se quisesse escrever em Portugues teria que ir a buscar ao diccionário as palavras que poderiam defenir o que queria expressar e nao me sentiria safisfeita...mas quero dizer que encharcas a minha alma de "bem"!!!!
    beijo grande

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  8. Fui pesquisar nos comentários e descobri este teu: deixaste-me emocionada, Inês...Sinto este poema como algo de muito precioso, há fantasia, desnudamento, emoção...Tudo isto envolto em imagens, metáforas , belo também poeticamente...Eu própria o leio mais vezes...
    Contudo, a forma como tu transmites o que sentes ao lê-lo, é verdadeira poesia!
    Bjosss de gratidão :)

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