segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Entardecer com sabor a despedida

Escrevo sem sentido.
Inicialmente, de positivo,
apenas porque me apetece.

Neste entardecer ventoso,
sacudindo um cabelo desalinhado,
houve gente distraída,
por escassos momentos.
Num jogo que desejava,
não ser de despedida.
                   
Valem-nos estes feitos
estar no mundial.
Entretanto, um jovem,
jogou uma partida final.
Por isso, amanhã
estarei num funeral.

Vidas silenciadas
por mero desafio,
que não tem destino,
que acaba mal,
porque não apetecido.

Neste entardecer comum
a tantos outros, sem história,
acabo sentada, numa esplanada,
respirando um sol ainda ardente.

Mas o acaso assim não quis!
E este entardecer,
ficará na memória.
Na arca que não desfiz.

Vamos fazer o que ainda não foi feito…
(Canta Pedro Abrunhosa)

Neste entardecer,
aparentemente calmo,
Evoco, sem querer,
momentos passados,
tão partilhados,
com pessoas queridas.

Como gostaria
que não tivessem partido.
Umas, sem um projecto definido.
Outras, já sem vida.

OF 15-06-2010 
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7 comentários:

  1. Antes que chegue o resto da freguesia venho só aqui aconchegar umas coisitas neste último dos teus posts de hoje.

    Adoro finais felizes...

    ;)

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  2. O resto da freguesia devo ser eu.
    Santo Deus!

    Mais dois poemas que aqui publicaste e que virei ler mais tarde, princesa.
    Para já, fica o meu beijinho.
    Tem um dia lindo!

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  3. Perdas irreparáveis.
    Resta-nos aceitar e seguir em frente.
    bji querida

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  4. Relê o tag do poema anterior...
    Às vezes bem me apetecia dizer mais sobre o poema. Contudo, cada um encerra uma narrativa que pode ser de um momento , de momentos ou partes de muitos momentos da minha vida...
    Bjinho

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  5. Há sempre finais felizes, mesmo que, para outr@s o não sejam, oops!!! Depende do lado da medalha...
    :)

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  6. Mas não há meio de fazermos o que ainda não foi feito...
    Excelente poema, gostei imenso.
    Beijos.

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  7. Obg, Nilson...Daria uma tremenda discussão dialéctica, essa do fazer ou não fazer...
    Esse título que introduzi no poema adveio do facto de estar a passar essa canção no som da esplanada, onde escrevia...
    Achei engraçado que este poema tivesse tocado as pessoas, não tinha consciência disso até ter divulgado...
    Bjo :)

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