Agarrando uma mão
escorregadia
da dança que fervia
num corpo suado.
Decerto alegria,
ou talvez nostalgia
de um passado,
ainda recente.
Segue-o,
deixando arrastar-se
para uma qualquer esquina.
Maquinalmente,
apenas por magia.
Não ouvindo, não vendo
sequer se o queria.
Fecha a mente,
a tudo o que fosse consciente.
As palavras, em sussurro,
Hipnotizam o consciente.
Acordam o ser dormente,
alienado,
em trabalho forçado.
Sente,
a brisa que sopra quente.
O calor de sentimentos,
adormecidos.
Despertando do torpor
de uma vida de favor,
Emprestada a outros,
ignorada de si mesma.
Aquieta-se,
por momentos.
Reage,
Instintivamente.
Perde-se
de si, loucamente.
Confunde-se...
Aconteceu?Sonhou?
Não, viveu outra vida!
Acreditou ser a sua,
e incorporou-a no seu eu!
OF 06-09-2010
Meu doce,
ResponderEliminaraqui está um poema que mostra outra característica tua: a da mulher apaixonada...a da mulher vulcão.
ADOREI! (e mais não digo...aqui:))
bji mt gde
Obg, querida, por teres gostado tanto!
ResponderEliminarNão te esqueças quem verseja é o sujeito poético... :)
Bjuzzz, linda
Metadesomente Livrodepoesia disse, a propósito deste poema, que também publiquei no grupo Confraria de poetas
ResponderEliminar"O envolvimento sem freio abre portas para outros universos. Às vezes, parecem mesmo outras vidas...Felicito-a por esta confirmação tão poeticamente realizada. Agradeço a oportunidade de a ter "incorporado" nas minhas leituras!"
Apetecia-me dizer tanta coisa, mas seria sempre pouco...
Cada vez dou mais razão à Marguerite Duras que dizia que escrevia para não se suicidar.
ResponderEliminarO que vai valendo é que a tristeza é o meu estado de calma...
;)
O Manuel Silva disse, no Almas Manuscritas, outro dos grupos onde publico escreveu, sobre este poema:
ResponderEliminar"o dicionario já ñ encontro adjectivos para definir o encanto destes versos"
faço uso destas palavras par te responder, oops!!!: não iria tão longe, mas metaforicamente, há vários suicídios...
Sobre a última "tirada": o normal seria dizeres alma, mas como sei que tens um nonsense apurado, escreveste calma...Também o é, porquanto nos toma a apatia...(mas não há verdadeiramente sinónimos, por isso, não ligues ao que escrevi...) :)
É.
ResponderEliminarUso sempre as mesmas palavras.
Sinto-me usado...
;)
Bastante profundo teu texto! Parabéns! Abraços!
ResponderEliminarTod@s o somos...oops!!! :(
ResponderEliminarReiffer: obg pela tua apreciação, sinto-me grata. Abração...:)
ResponderEliminarSei, sei...mas inventou uma mulher que existe.:)
ResponderEliminarbji gde
Se tu o dizes..Rendo-me :)
ResponderEliminarComo te disse às vezes as palavras ,nem sequer teem o atisbo do sentimento do peito...
ResponderEliminarAqui caminho por letras de luz e gosto!!
Vir até cá na manha de domingo antes dos meus afazeres..deu-me o empurrao para sair ao mundo..que tao maltratado está,donde a magia vai morrendo por inércia..
Que bom é saber que existe mais claridades escondidas a descubrir!!beijo*te
:):)
ResponderEliminarToma mas é um beijinho, minha doce poetisa:)
Bem, Inês, não vou ser capaz de corresponder ao teu tag com o brilhantismo que mereces. Se, por natureza, sou exigente comigo e com a escrita, agora "sinto" que não posso escrever só porque me apetece; além do apetecer, tenho que me lembrar que haverá sempre alguém que reflectirá no que leu, concordando ou discordando, mas sempre "abanando" algo que, será, necessariamente contrário à inércia, sendo que escrever ou ler, obriga a uma actividade mental, por consequência ausência de inércia...
ResponderEliminarSinto-me grata por te ter também descoberto nos tags a poemas... Bjuz :)